Farmácia

 

Entrevista a profissionais nas áreas de Saúde Tecnologias e Ciências diplomados no ensino superior público universitário

 

  1. Que curso do ensino superior frequentou?

Licenciatura em Ciências Farmacêuticas. No meu último ano que foi o 6º passou a chamar-se Mestrado Integrado em –Ciências Farmacêuticas, devido á restruturação do Processo de Bolonha.

 

  1. De que é que depende ter facilidade ou não em arranjar emprego? Quais são os critérios dos empregadores?

Depende do currículo, dos contactos pessoais que a pessoa possa ter, da entrevista se existir…

 

 

 

  1. Foi fácil arranjar emprego depois de finalizado o curso?

Foi relativamente fácil … No meu caso em particular, como decidi enveredar pela área regulamentar não foi imediato mas o contacto foi fácil de estabelecer.

 

  1. Qual é aproximadamente a percentagem de diplomados que arranja emprego em menos de um ano?

Na minha área acredito que a percentagem se situe próxima dos 100%.

 

  1. Como arranjou emprego?

A partir de uma acção de formação a que fui quando estava a estagiar consegui o contacto que posteriormente levou a que me convidassem para trabalhar onde estou, no Infarmed.

 

  1. Que saídas profissionais existem e quais são os principais empregadores?

A grande maioria são farmácias comunitárias, embora a industria farmacêutica e a área das análises também absorva uma quantidade relevante de recém-licenciados.

Como já referi anteriormente tinha hipótese de farmácia de oficina, industria farmacêutica, análises clínicas ou industriais e investigação.

 

  1. Qual a sua empregabilidade?

Não tenho a certeza mas aproximadamente a farmácia de oficina absorverá 65% dos diplomados, a industria cerca de 20% as análises 7% ou 8% a investigação absorve uma quantidade muito pequena de diplomados.

 

  1. Que actividades realizaria nesses empregos?

Em farmácia de oficina faz-se atendimento ao público, trabalha-se em dispensa de medicamentos e produtos de saúde e faz-se também aconselhamento farmacêutico.

Na industria pode-se trabalhar em qualquer uma das áreas de fabrico, controlo e regulamentação de medicamentos. Em análises pode-se trabalhar em análises clínicas em que se faz avaliação de parâmetros laboratoriais médicos e em análises industriais que consiste na análise e controlo de alimentos, água e produtos químicos.

 

  1. Quando escolheu o curso do ensino superior tinha uma ideia correcta de como ia ser o seu percurso académico e a sua actividade profissional?

Não tinha nenhuma ideia concreta de como seria o meu percurso académico para além de saber que me esperavam 6 anos de licenciatura , 5 mais um de estágio. Quanto á minha possível futura actividade profissional , tinha em mente seguir a área de investigação, o que mudou no fim do curso porque em Portugal é difícil encontrar empregadores que valorizem a investigação.

 

  1. O que se faz na sua profissão?

O que se faz na minha profissão é farmacovigilância que consiste na monitorização e gestão do risco dos medicamentos autorizados em Portugal, na Direcção de Gestão do Risco de Medicamentos do INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde

 

  1. Como é a evolução na carreira?

Sendo o Infarmed um instituto de cariz público, a evolução na carreira está condicionada ás regulamentações que orientam a função pública; no entanto há muitas outras saídas a nível europeu , dado que o Infarmed tem ligações ao respectivos pares nos países da União Europeia.

 

  1. Há muitos caminhos possíveis de tomar?

A partir daqui posso seguir três caminhos : ou ficar no INFARMED, ou optar por um trabalho na industria farmacêutica, ou integrar um dos grupos europeus que coordenam o nosso trabalho a nível nacional.

 

  1. Qual é a remuneração média deste tipo de actividade?

Uma vez mais estamos vinculados á função pública.

 

  1. Quais os aspectos que considera positivos nesta profissão? E negativos?

O aspecto mais gratificante é sem dúvida a noção de que estou a contribuir para a melhoria da saúde pública . Para além disso é um trabalho polivalente e que necessita de uma constante articulação com os restantes países da U.E.

Num tom mais negativo , há a considerar a burocracia inerente aos serviços de utilidade pública e as dificuldades de progressão na carreira que este estatuto impõe.